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Atividade da ANAC no heliponto EFAI

Não, não foi uma atividade de inspeção de rampa. Na última semana a EFAI recebeu o Especialista em Aviação Civil Vinicius Bretas Quintão, INSPAC indicado pela ANAC para, dentro do Programa de Capacitação da Agência, realizar o Treinamento de Procedimentos de Emergência ministrado pela EFAI.

A IS 00-002 – Padrões para a realização de exames de proficiência de pilotos, em sua revisão G, reconhece a realização dos exames de proficiência como uma atividade de grande importância para a segurança e qualidade do sistema de aviação civil brasileiro. Para corresponder a esse nível de importância, o examinador deve agir com profissionalismo e possuir um elevado nível de conhecimento, de forma a garantir sua integridade técnica. Assim, ainda que não componha tripulação, é fundamental que o INSPAC conheça as características de operação, tanto normal quanto em emergência, de cada modelo de aeronave em que realize exames de proficiência. Foi neste contexto, o de proporcionar ao INSPAC o nível de conhecimento técnico necessário para a execução de suas atividades, que a Agência inseriu em seu Programa de Capacitação o TPE – Treinamento de Procedimentos de Emergência proporcionado pela EFAI.

Com o objetivo de desenvolver nos pilotos, por meio de conhecimentos teóricos e práticos, a proficiência necessária para conduzir a aeronave a um pouso seguro após uma falha de motor ou de outros sistemas essenciais ao voo, tais como rotor de cauda, sistema hidráulico e controle de combustível, independentemente da fase do voo e em que tais falhas se apresentem, o TPE é usualmente ministrado aos pilotos que estarão efetivamente operando a aeronave. Entretanto, ao atuar como examinador, o piloto assume uma posição de destaque na comunidade de aviação, e torna-se capaz de influenciar positivamente a habilidade, os conhecimentos, comportamentos e atitudes dos demais pilotos.

É sabido que o voo de cheque não é o momento de se desenvolver habilidades e nem é função do examinador ministrar treinamento ao examinando, porém, transferir conhecimentos e influenciar comportamentos e atitudes no sentido da padronização e elevação do nível de segurança operacional é algo que todo piloto com um pouco mais de experiência tem a obrigação de fazer. Estamos certos de que a experiência vivenciada pelo Cmt Bretas será utilizada para esse fim.

Divididos em dois voos de 1,5 horas cada, foram realizados treinamentos de falha do sistema hidráulico, trabalhada com o pouso corrido e com pouso a partir do voo pairado com este sistema inoperante; falha do governador, efetuando tanto o pouso quanto a arremetida com esse sistema degradado; pouso sem a utilização dos pedais simulando a falha do comando de passo e falha do acionamento do rotor de cauda, sendo neste último caso realizado o pouso em autorrotação sem a utilização dos pedais. Foram, ainda, realizados treinamentos de pouso em autorrotação com o motor desengrazado até a parada completa da aeronave no solo (simulação da condição real de perda de motor), sendo essas realizadas a partir de uma condição de voo cruzeiro com pouso em frente e com curvas de 90º, 180º e 360º; durante a decolagem, desde o pairado dentro do efeito solo até 60 Kt com incrementos de 10 Kt; no pairado fora do efeito solo; durante o taxi e durante a aproximação.

Concluído o treinamento foram voadas 3,0 horas e realizados 40 pousos, sendo 25 em autorrotação.

Para a EFAI é um orgulho ter incluído a ANAC em seu rol de clientes e, mais ainda, ter contribuído para a elevação do nível de conhecimento no trato das situações de emergência, o que certamente trará benefícios para a forma como são conduzidos os voo de cheque.

Nota Oficial da EFAI

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