“In Omnia Paratus!” – frase em latim que significa “Preparado para tudo!“
Esse é o lema do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral da Marinha do Brasil (EsqdHU-1) sediado no Complexo Aeronaval, em São Pedro D’Aldeia – RJ.
O lema vem do fato de o Esquadrão ter sob sua responsabilidade a condução de diversas tarefas, fazendo com que seja conhecido como o “TUDÃO”. Dentre estas tarefas, destacam-se as missões de ligação e observação; esclarecimento; lançamento de paraquedistas e de mergulhadores de combate; transporte de tropa; serviços hidrográficos; guarda de aeronaves no Navio Aeródromo São Paulo; busca e salvamento; apoio humanitário; apoio às atividades na Antártica e muitas outras. Nessa mesma linha (Helicópteros de Emprego Geral) a Marinha dispõe de outras três Unidades Operativas, o EsqdHU-3, EsqdHU-4 e EsqdHU-5, sediados, respectivamente, em Manaus – AM, Ladário – MS e Rio Grande – RS.
Não é novidade que para bem cumprir sua missão, os pilotos precisam de treinamento em toda essa gama de missões, e há que se lembrar que emergências acontecem independentemente da tarefa que está sendo cumprida. Assim, além do treinamento específico para cada tipo de missão, os pilotos devem estar preparados para enfrentar as mais diversas situações de operação anormal ou de emergência, estando aptos a conduzir a aeronave para um pouso seguro após uma falha de total de potência ou de qualquer outro sistema.
Contribuindo para o aprimoramento de pilotos dos Esquadrões HU-1, HU-3, HU-4 e HU-5, a EFAI esteve em São Pedro D’Aldeia entre os dias 13/11 e 02/12/2017 ministrando seu Treinamento de Procedimentos de Emergência (TPE).
Foram três semanas de muita falha de sistema hidráulico trabalhada com o pouso corrido e com o voo pairado sem esse sistema; falha do governador treinando tanto o pouso quanto a arremetida com esse sistema degradado; pouso sem a utilização dos pedais simulando a falha do comando de passo do rotor de cauda e falha do acionamento do rotor de cauda, sendo neste último caso realizado o pouso em autorrotação sem a utilização dos pedais. Foram, ainda, realizados treinamentos de pouso em autorrotação com o motor desengrazadoaté a parada completa da aeronave no solo (simulação da condição real de perda de motor), sendo essas realizadas a partir de uma condição de voo cruzeiro com pouso em frente ou com curvas de 90º, 180º e 360º; durante a decolagem, desde o pairado dentro do efeito solo até 60 Kt com incrementos de 10 Kt; no pairado fora do efeito solo; durante o taxi e durante a aproximação.
Concluída a missão, foram voadas 90,0 horas e realizados 1274 pousos, sendo 783 em autorrotação, totalizando 36 pilotos treinados. Destaca-sea participação do Contra Almirante Denilson Medeiros Nôga, ex-integrante do Esquadrão HU-1 e atual Comandante da Força Aeronaval, que realizou o treinamento a convite da EFAI.
Para a EFAI é um orgulho ter, nessas três semanas, compartilhado a cabine com pilotos de altíssimo padrão da nossa Marinha e esperamos em breve poder voltar a contribuir para a elevação do seu nível de proficiência no trato com situações de emergência.
Por fim, considerando que agora, além de prontos para o cumprimento das mais variadas missões, estão também prontos para lidar com as emergências que porventura surjam, deixamos nossa sugestão de atualização do lema que abriu essa nota para: “In Omnia Paratus et Ultra!!”, que em tradução livre ficaria: “Preparado para tudo e mais um pouco!!“